Hoje apetece-me ser um bocado mais pessoal do que informativa.
Às vezes penso que na primária era tudo tão fácil, mas chego à conclusão que não era. Eu só não me lembro, agora, que também foi difícil. Mas ultrapassável. Às vezes sinto-me cansada demais, a perder as forças. Penso no quão difícil isto é. Mas como gosto continuo sem olhar a nada. Sei que um dia quando estiver a trabalhar vou achar que isto foi fácil e que foram os melhores momentos da minha vida, por muita chatice que tivesse havido. Vou-me rir dos problemas e das apresentações de trabalhos. Vou-me rir do que me põe quase louca, actualmente.
Olho para o tempo a passar e tudo me passa ao lado enquanto ele passa. Adoro o curso em que estou, mas sinto-me cansada. Esqueço-me de tudo como se tivesse alzheimer. Ontem esqueci-me de sair na paragem em que queria sair, duas vezes. O que vale é que estava no autocarro e não no comboio. Qualquer dia meto-me no internacional e vou parar a Espanha sem querer. (risos) O que me vale é levar isto com alguns risos no meio de tanto stresse.
Um dia vou achar isto ridículo. A verdade é que hoje "dói". A verdade é que hoje é complicado. A verdade é que tenho tanto sono que parece que por muito que durma nunca o irei repor. A verdade é que não consigo chegar a todo o lado. Gostava de estar mais tempo com as pessoas de quem gosto mas não consigo. O tempo voa. Quando fecho os olhos para adormecer não penso nas pessoas de quem gosto. Vejo dossiers de várias cores, folhas a voar de um lado para o outro. É inevitável. Não sonho com as pessoas de quem gosto. Sonho com a faculdade. Para quem pensa que estou a acrescentar pontos no conto, está enganado. É verídico.
O que me vale é que gosto muito disto, e que há pessoas porreiras na faculdade. Se não gostasse de desafios, se não gostasse tanto disto já tinha desistido. Mas não... isso nunca! Há dias bons em que o nosso esforço é notado. Não são só os resultados que importam, mas aquilo que sinto quando sei que sabem que me esforço. Um dia serei ainda mais recompensada.
Um pedido de desculpa às pessoas de quem nem sempre me lembro e às pessoas que são importantes mas para as quais, simplesmente, não tenho disponibilidade.
Ora aqui está aquilo que por vezes também sinto... uma enorme vontade de desistir, so apetece pegar em tudo, arrumar e voltar para casa. Fazer como dizem enfiar a cabeça na areia e esperar que tudo passe. Mas não era isso fácil demais? Mas não era isso que ia dar o gozo das outras pessoas que me iam dizer, falhas-te, não conseguiste? E por isso, mais uma vez abraço tudo, até os estilhaços que restam de mim, e começo de novo a luta.
ResponderEliminarCarolina