domingo, 14 de junho de 2009

Não são os deuses, é a ansiedade

Já me estava a preparar para rogar pragas aos deuses quando entrei na farmácia. A senhora que me atendeu salvou o bom nome dos deuses, da minha matraca. Ora não fosse época de exames e eu estar com uma valente dor de dentes. Com tantos dias no ano tinha que ser agora! Obra de quem? Dos deuses, claro. É mais fácil meter a culpa nos outros. Mas não, não é obra dos deuses nem mera coincidência. Eu já sabia que o raio dos nervos provocam alterações no corpo, mas a senhora elucidou-me ainda mais. Como bolachas porque estou nervosa, engordo; o "monstro do mês" altera-se totalmente, coitado, já não basta o raio da anemia; o coração, desgraçado, dá mais batidelas por minuto do que uma música de hip-hop. E os dentes não são excepção. Agora que é preciso mais juízo do que nunca, a propósito, os sisos já andam a fazer das deles.
Agora já tenho aqui o santo medicamento, do qual não posso abusar (mas tendo em conta que bebo muito leite e que o leite é anti-veneno tomo sempre uma dose a mais que o normal senão já sei como é...não faz efeito), mas só o efeito placebo já é muito bom. Afinal, é uma questão psicológica.
Está tudo na cabeça, até o amor. E isso aprendemos nós em Psicologia do 12º ano. A partir daí as coisas têm tido muito menos encanto. Afinal acreditar em amor é como acreditar no Pai Natal. Vá, não é tão drástico assim porque ele existe na mesma, só muda a localização. Se levarmos uma pancada na amígdala (a do cérebro, não da garganta) podemos nunca mais amar a pessoa que está ao nosso lado. Agora vou dar com um taco na cabeça para ver se mato a colónia de stresse.

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