segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Muro (mas não de Berlim)

Deita abaixo esse muro separatista
Essa parede que evita
Qualquer tipo de partilha
De sonhos, de emoções

Defesas, defesas
Sem sequer estarmos em guerra
Preferes assim deitar por terra
Aquilo que construíste
Se é que construíste alguma coisa
Para além desse muro intransponível
Intransponível
Mas eu estive lá... sentada
Eu estive lá...
A conhecer-te
Eu estive lá e passei algumas vezes para o outro lado
Porque em algum momento achaste que podias deixar de ser tão dura
Em algum momento achaste que valia a pena deixares-me passar o muro...
O muro... onde estive sentada
De onde depois fui empurrada
Para voltar ao mesmo...

Deita fora o colete à prova de balas
Não percebes que não venho armada?
Eu não trago balas nem as mãos fechadas
Venho de coração aberto
Ao teu terreno
Que não considero inimigo
Mas que me feriu
Ainda assim...
Sem armadura
Porque não considero a paixão uma guerra

Só o muro... a quer deitar por terra

Nota da autora:Interpretem o que quiserem,são livres disso. Mas o muro aqui surgiu como medo (o medo que as pessoas insistem em ter, do apego).

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