quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Circunstâncias

Nunca te vi como uma bengala onde me apoiar. Continuei (e continuarei) a ter a minha vida. Acontece que os bons momentos passados ainda me martelam o cérebro. Os maus foram banais e conseguiram levar ao "desenlace". É engraçado como as coisas boas nunca parecem tão fortes nas alturas em que são necessárias, e as coisas más acabam por ter demasiada importância.
Achei que estava a fazer tudo bem. Achei que era assim que estavas bem e tu demonstravas felicidade quando estavas ao pé de mim. Fui apanhada numa maré terrível para ti. Deixaste-te engolir por ela e levaste-me atrás. Levaste-me atrás porque eu não larguei a tua mão, pensando que te poderia ajudar. Afinal de um dia para o outro tudo o que tinha de bom até então parece ter sido apagado da tua mente.
Isto não foi há muito tempo. Como tal "imaginei" o dia de amanhã muito diferente. Mas certamente que será bom na mesma, tanto para mim como para ti.

Não posso pedir para 2011 nos unir, por isso só posso pedir para te tirar definitavemente da minha cabeça.

Idade para ter juízo e ainda assim...

Quem vai, vai porque quer e vai sem problemas. Quem vê partir é que fica com os nervos, com as erupções cutâneas, sem apetite, a arrastar-se entre a sala e a cama. Como diz o outro: "Bela m*rd*!"

Ao que uma pessoa chega aos 22 anos.

"Monólogo" da "doida"

Com isto tudo fiquei a achar que o gravíssimo erro era eu. Afinal até tenho inteligência emocional e não tenho culpa dos outros não terem. É preciso bater no fundo para perceber certas coisas. Ao que uma pessoa chega com 22 anos... que loucura!
Mas eu, ao invés de me tornar fria devido às patadas que levo, continuo a ter a minha essência. Venham mais pessoas que eu gosto é de interagir! Se bater no fundo outra vez, hei-de encontrar a superfície!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ciclo vicioso

Love comes and goes, the hurted soul promises that will never ever fly again. But all we know the truth: it will happens again, and again, and again.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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Ponto final.
Tem duas conotações: ponto final da história toda ou de um só capítulo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Corpos sem alma, não perduram

Quando me lembro dos beijos perfeitos chego a ter saudades deles. Chego a querer tê-los de volta. Mas ultimamente não eram tão perfeitos assim e sei que só sinto saudades por já não os ter. Se ainda os tivesse não os suportaria. Estava tudo demasiado afectado. Nem o corpo se safa numa ocasião destas. Porque o corpo, por vezes, também espelha o que vai na alma.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

P.S.

Prazeres Simples :)

Um passeio à beira rio, ler o jornal, beber um galão no cafezinho do lado, ver desenhos animados, fazer alguém sorrir...e até mesmo fazer rir à gargalhada, comprar livros para "devorar", escrever, relaxar a ouvir música, ir à biblioteca, beber chá no Japonês a ouvir a a chuva a cair lá fora, ver uma comédia ao Domingo à tarde, dar uma volta de autocarro e falar com as pessoas por qualquer coisa, caminhar num parque, ir ao teatro. Tantas coisas...e mais algumas!

Nunca mais (para mim não existe)

Quantas vezes dizemos coisas e depois envolvemo-nos de uma forma tal que alteramos todas as nossas regras? Isso do "nunca mais" não serve para mim. É claro que me vou voltar a apaixonar. Se bater com a cabeça não será a primeira vez. Inicialmente dói quando caímos, mais tarde aprendemos a levantar-nos e mais tarde ainda, aprendemos...

a saber cair! :D

O caminho mais fácil...

É fácil para quem vai, porque demonstra que vai porque quer e vai sem responsabilidade.

Pontos finais sem fim

Há quem goste de dar pontos finais. Não por os querer, efectivamente, dar, mas por poder dizer que saíu por cima e poder enganar a dor.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Há pessoas que transformam tudo o que está à volta (é preciso ir além do que é palpável)

Como vou falar de ti? Mal te conheço, mas apetece-me imenso falar sobre ti e dou por mim a pensar em ti. Não, não se trata de paixão nem da tentação do desconhecido. É talvez a coisa mais estranha que me aconteceu nos últimos tempos, mas muito gratificante. Apareceste (posso tratar-te por tu, não posso?) na altura certa e disseste as coisas certas. Há pouco mais de 24 horas não sabia sequer que existias. Ao acaso lá apareceste no meio da minha rotina, no meio de mais um dia de trabalho. Podias ter pegado na compra que fizeste e teres ído embora. Mas bastaram duas ou três frases para ficarmos à conversa por mais de meia-hora. Perdi completamente a noção do tempo e até do local onde estava. Não foi preciso dizeres mais de 20 palavras para entender o quão culta és e o quanto entendes da vida. Completaste frases minhas, completei frases tuas e disseste exactamente aquilo que eu precisava de ouvir naquele momento. Tocaste no meu interior (na mente, na alma) sem sequer me conheceres, sem sequer saberes o meu nome de uma forma que tantas outras pessoas que partilharam comigo tanta coisa nunca conseguiram tocar. Gostava de perguntar como fazes isso, mas não é preciso porque provavelmente o fazes de uma forma natural sem te aperceberes. Talvez seja o "click" de que me falaste, o acaso...o mero acaso de estarmos em Coimbra ao mesmo tempo e de nos encontrarmos.
Falámos d' O Fausto, das perdas de alma, da vida, da inteligência emocional, de tudo um pouco... das coisas mais importantes da vida e que muita gente não entende. Senti que sem nos conhecermos nos conhecíamos melhor do que alguns anos de convivência.
Outro dia... e a história repete-se. Noutro local, e lá estávamos outra vez a cruzar caminhos. Diria que paralizámos e diria que tudo isto pode parecer muito banal, mas não o é de todo. Não porque depende do significado que se dá às coisas e, efectivamente, as melhores coisas da vida são inesperadas e gratuitas.
A disposição mental, o timming, o acaso... e o nosso dia em meia-hora passa de um dia corriqueiro a um dia que enriqueceu com pouco, mas muito.

Obrigada.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O pessoal anda desligado (humanizem)

Calma. Vamos abrandar o passo. Para quê tanta pressa?
A vida é feita de experiências e vivências, mas nada é atirado a um poço. Ao invés daquilo que passamos ficar metido num buraco, vai seguindo a vida connosco. Nada é linear. E mesmo o que acaba não acaba ali. Digamos que o que acaba permite que outra coisa qualquer comece. Tudo pode ser aproveitado como aprendizagem. Tudo serve para não cometermos as mesmas falhas. O importante é a essência da vida. É o que levamos. Quando chegar o momento devemos ir com a consciência de que vivemos a vida. Não falo do viver para fora, da aparência que se dá de viver, mas sim...viver mesmo! Sinto que anda tudo desligado, sinto falha de energia por aí, por mais que haja até as luzinhas de Natal a iluminar as ruas de todo o lado (ou quase todo). Uma frase não é só mais uma frase...traz uma mensagem. Uma pessoa não é só mais uma pessoa mesmo que não a conheçamos de lado nenhum...é uma pessoa, é um ser humano. E há pessoas que, efectivamente, mesmo que sejam desconhecidas podem mudar o nosso dia. Chega de falta de capacidade emocional, chega de orgulho, chega de egoísmo! Subir a escada do sucesso sem emoção pode ser perigoso... diria até que é um escadote - e não uma escada - que mais tarde pode cair e originar uma queda bastante dolorosa. Perguntem-se todos os dias se fizeram aquilo que queriam fazer, perguntem-se todos os dias se deram aquilo que podiam dar, perguntem-se todos os dias se poderiam ir sem voltar descansados/as, de consciência limpa. Não é só aos outros que acontece; todos temos tectos de vidro. Vivam! O meu apelo é só esse: vivam! Parem de preencher vazios de forma artificial! Parem com esse consumismo exacerbado! Por terem a casa cheia de coisinhas bonitas e caras não pensem que isso vos fará companhia. [Eu gosto de algumas coisas, eu gasto dinheiro em livros e eles não são pessoas mas até "dizem" umas coisas engraçadas e acertadas; e todos temos direito ao conforto do lar, mas dêem mais importância às pessoas do que a essas coisas; e eu também gosto de uma certa solidão, mas é um ou outro dia... não é permanentemente]. E socializar não é só nas bebedeiras, e não são ninguém se bebem só para os outros verem e aplaudirem... sejam vocês mesmos! Sempre. Bebam se quiserem, se não quiserem não bebam. Chorem, riam, gritem, partilhem... façam maluqueiras (mas não aleijem ninguém). ESSÊNCIA. Não se compra... adquire-se. E é preciso ter paciência, delicadeza, inteligência emocional, e muito mais coisas para a adquirir. É preciso andar ligado à corrente, é preciso darmos um pouco de nós em tudo o que fazemos, é preciso não andar com a cabeça cheia de porcaria e guardar lugar para o que vale a pena. E não, hoje sei, que não se pode fazer aquilo que eu mesma me tenho tentado a fazer, que é deixar o cérebro crescer mais do que o coração. Não é preciso rebaixarmo-nos (porque uma coisa é ter capacidade emocional e outra coisa é deixarmos que nos humilhem) mas a capacidade emocional é algo que não é direccionada a uma pessoa, mas sim a várias. O amor não se esgosta, a capacidade de amar não se esgota. O amor chega para muita gente e para muitas coisas. Tudo é conciliável quando se quer. Troquem o raio do "tenho de fazer" pelo "faço porque gosto". A vida já nos impõe tanta coisa...não precisamos de impôr mais obrigações a nós mesmos. Parem de só estar bem onde não estão. Aproveitem o momento. Não se deixem "maquinizar"... sabem tão bem quanto eu que as máquinas são substituíveis. O que são as pessoas frias, sem alma... senão simples máquinas numa rotina doentia?

Aproveitem a viragem do ano para virarem a vossa vida do avesso! Humanizem.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Marcas um dia comigo como se de uma consulta se tratasse. Eu não sou médica (apesar de já te ter curado muitas feridas).

Quando tiveres vaga para mim na tua agenda, será que ainda vou ter vaga para ti na minha vida?

domingo, 19 de dezembro de 2010

O cérebro anda a comer mais espinafres do que o coração. Ou seja...está mais forte.

Chega a um ponto em que o cérebro já não consegue reconhecer-te, chega a um ponto em que o cérebro já não se lembra de que aquela pessoa que está a passar por mim já foi aquela pessoa com quem partilhei tanta coisa, chega a um ponto que a indiferença é tal que chega a ser estranho...mas nem de todo, chega a ser tão mau assim.
Tudo passa.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Essência (what else?)

Custa largar mão de ti
Sei que não te compreenderão
Como te compreendi
Sei, não me querendo gabar,
que não têm metade da consciência que tenho
dos valores que tenho
do bom senso que tenho.
Tinha tudo
Tudo o que guardei para dar a quem valesse a pena
E dei-te a ti
Deitaste fora o cofre
Deitaste fora a chave
Agora é irrecuperável
Mas foi uma opção
Tiveste direito a tê-la
Essa tal abnegação
Esse tal medo
Esse tal comodismo
Para mim isso é sado-masoquismo
E eu sei
que em parte alguma
em momento algum
Terás alguém com a essência que tenho
Mais uma vez não me querendo gabar
Mas por ser tão difícil, hoje em dia,
de a encontrar.