quinta-feira, 30 de julho de 2009

Etiquetas

É claro que raramente se encontra alguém que goste de rótulos. Mas penso que a ideia de rotular as pessoas bissexuais, homossexuais, e etc. tem vindo a ser negativa quando eu, pessoalmente, nem a vejo de forma negativa. Já disse e volto a dizer que não quero mudar opiniões e o objectivo deste blogue é simplesmente exteriorizar, divertir e mostrar outros lados das coisas... outros pontos de vista.
O ser humano tem a necessidade de classificar tudo o que está à sua volta. Ó pessoal, um gay é um gay e pronto. Eu também não gosto da ideia de "comunidade" mas é necéssária, porque se não existirem certas classificações disto ou daquilo como nos entenderíamos? Uma maçã é uma maçã, um pêssego é um pêssego, mas pertencem ambos à fruta. Não podemos, a meu ver, achar que alguém nos discrimina por nos colocar etiquetas. Desde que não nos apontem o dedo (no sentido de tratar mal...de arrogância). Eu não ando a gritar aos sete ventos que sou lésbica, mas digo-o quando necessário porque sim...eu senti a necessidade de me assumir em certas circunstâncias, em certas conversas, em certos ambientes porque me apercebi que muita gente até nem é contra a homossexualidade mas olha para a homossexualidade como algo que pertence a anónimos. Ao afirmarmos que somos "x" ou "y" estamos automaticamente a dizer "eu sou isto e isto existe, existe ao teu lado, existe na tua família, existe no teu círculo de amigos, existe no supermercado que tu frequentas". Assim os gays deixam de ser os gays mas começam a ser "o Pedro que é gay", "a Mafalda que é lésbica", "o Jorge que é bi". Não quero com isto dizer que toda a "comunidade" LGBT se tenha de assumir, isso é com cada um, mas estou a mostrar como podem ser as coisas e a mostrar que as etiquetas têm de existir, mas que existem com o nosso nome, não é o nosso nome que existe devido a elas. E nós, homossexuais (incluo bissexuais e os etc. e até mesmo tudo o que não seja da "categoria" da sexualidade mas de qualquer outra minoria) não queremos ser rotulados. E implicamos com isso até dizer chega. Porquê? Não é aquilo que somos? Não deixamos de pertencer às pessoas por isso e não tem de ser algo que exclui a igualdade. Classificar, etiquetar, etc. não é colocar de parte, mas incluir. Incluem-nos na sociedade mas dão-nos um nome como se dá a tudo. Não entendo o porquê de tanta raiva contra as etiquetas.

Não sei se fui mesmo esclarecedora, mas o grosso da mensagem que quero passar está aqui:
Tratem-me como mulher, tratem-me como estudante, tratem-me como amiga, tratem-me como colega, tratem-me como aluna, tratem-me como cliente, tratem-me como homossexual, tratem-me como igual.

As pessoas pertencem a grupos, por muito minoritários que sejam, e esses grupos são classificados. É a base da socialização.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Supostamente...

As crianças choram para conseguirem o que querem.
Os adultos, por vezes, fazem sexo para conseguirem o que querem.
Mas um adulto chorar para conseguir o que quer? (Risos)
Há qualquer coisa que está errada!

Agora a sério... Não é que eu considere que se deva fazer sexo para se conseguir o que se quer, enquanto adulto. Ou que é pior um adulto chorar do que fazer sexo. Mas essa do sexo eu já sabia que acontecia, enquanto que a do choro nunca me passou pela cabeça em pessoas com mais de 18 anos! Realmente tem piada!

Eu só acho que são estratégias muito estúpidas, mas está visto, ambas acontecem. E o melhor de tudo: trazem resultados!

Quando é que começamos a deixar de brincar em locais sérios? Que raio se passa no sistema? Eu não queria pensar assim mas o ensino é um engano? Ou é uma preparação para toda a podridão que vamos ter que aturar enquanto trabalhadores? Eu já vi muita coisa, eu já trabalhei (fora da área) e já sabia que isto não ia ser perfeito, mas tem mesmo de ser assim? Deixem-me só acrescentar que deveriam existir câmeras de filmar nas salas de exame. Há muito boa gente que não só faz dos colegas estúpidos, mas também dos professores. É uma vergonha e uma pena que assim seja.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Hamburg... sweet Hamburg

Ich benötige Hamburg. Ich bin ermüdete von dieser unfairen Scheiße.

Ich vermisse das:




(Foto retirada do site da HHLA).

P.S. Eu sou uma mulher do Norte! Só não sou do Norte de Portugal, mas sou do Norte na mesma! :D

Morre Merce Cunningham

Não tem sido um bom Verão para quem gosta de dança.
Morreu o bailarino e coreógrafo Merce Cunningham, aos 90 anos (16.04.1919 - 26.07.2009).




(Foto retirada do site da companhia de dança de Merce Cunningham).

Pensamento do dia (III)

Não gosto nada de couves nem de falta de civismo.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

8 ou 80? 40? (Cansei de ser séria)

Há quem brinque demais e depois abra os olhos quando ainda vai a tempo, e quando abre os olhos passa do 8 ao 80. Quando damos 80 e recebemos 8, pensamos: "Estarei a dar demais de mim para nada?" E quando vemos que quem dá 8 recebe 80 pensamos: "Ok. Cansei de ser séria, visto que o resto anda a brincar e se safa."

A próxima vez que eu disser que vou ficar em casa a estudar durante a Passagem de Ano, arranquem-me de casa nem que para isso seja preciso baterem-me! A próxima vez que eu disser que não brinco contigo porque tenho de estudar grita até eu rebentar e rasga os meus cadernos! A próxima vez que eu disser que não vou sair porque tenho de estudar, metam-me vodka pela garganta abaixo e vejam-me fazer aquilo que eu fazia melhor no ano passado: rebolar de alegria!

Eu até já me questionei se serei eu que tenho um problema de Q.I. ou qualquer coisa do género, mas não vale a pena pensar isso porque agora eu já vi que realmente há quem não esteja em posição de brincar e brinca :S

Agora sim, estou mesmo a bater lá no fundo. Mas não é por ai... eu amanhã voltarei a saltar cá para fora! Não tenho outro remédio, mas sim... tenho de tentar dar 40, porque já estou farta de abdicar de coisas e de ver gente que não levanta o rabinho da cama para nada ter umas belas notas!

Não é inveja, meus caros, é frustração!

Vou começar a fazer como a minha irmã me ensinou: «Coloco numa resposta que eu não saiba: "Ver resposta do/da X (melhor aluno/a da turma).» Pode ser que receba pontos pela originalidade :D

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma pergunta estúpida (mas que tem de ser feita)

Porque é que estudamos tanto e colocam pessoas da área de desporto nas férias a catalogar livros em bibliotecas? :(

Se alguém tiver respostas, agradeço... especialmente quem tiver respostas motivantes...

Férias, finalmente!

Já estou tão “mecanizada” que já nem sei a que é que isto sabe! Bem, por enquanto ainda não me sabe a nada porque ainda não posso descontrair. Só quero poder respirar de alívio. Só quero poder descansar a cabeça, o corpo, tudo!
O mais frustrante é ver que o esforço nem sempre resultou. Pergunto-me: “o que me falta?” mas sinceramente… agora não quero nem posso pensar onde e como é que falhei. Daria em doida! No próximo ano há mais "do bom e do melhor"!
Só quero ir… não sei para onde nem sei fazer o quê! Não interessa se é perto ou longe! Não interessa se é “in” ou não! Eu só quero um lugarzinho onde possa descansar de papo para o ar, sem nada para me preocupar! Não quero sol nem praia. Não é preciso, sequer, isso. Dêem-me só o chão frio de uma qualquer calçada. Vá...uma caminha pelo menos :D Só quero atirar-me para o colchão e dormir dormir dormir. Não me importa mais nada! Estou de férias? Estou mesmo de férias! Ai, nem acredito!......

Bem, estou a começar com uma bela dose de desenhos animados. Ai...chamem-me criança se quiserem...sabe tão bem! :D

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Turismo LGBT

Para as "meninas" e "meninos" LGBT (e claro, amigos, familiares, etc. simpatizantes) aqui fica uma sugestão para as férias:

http://www.colourtravel.com.pt/

Só descobri isto hoje, mas parece-me tentador.

Lógica

Se estudas o teu cérebro arde.
Estudaste.
O teu cérebro ardeu.


É lógico que tenho o cérebro a arder de cansaço. Pronto... já provei que sei lógica. Posso ter a cadeira feita? Por favor? :D

O meu cérebro já não consegue mais! A sério que não... até já falo para a mobília! (Risos)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dá-me poucas vezes para a lamechice, mas quando dá...bate forte



(Não tem vídeo, é só a música).

Melissa Etheridge - Weakness In Me

10 Jobs That are Better Than You Thought

Segundo um artigo da Focus (http://www.focus.com/) bibliotecário encontra-se na 3ª profissão que é "melhor do que tu pensas".
Aqui ficam as razões (não vou traduzir com receio de trocar o sentido todo da mensagem):
3. Librarian: U.S. News & World Report considers a job as a librarian a decidedly "underrated career." If you work for a school, you'll enjoy school holidays, but if not, the magazine still holds that "librarians' work hours are reasonable" overall.
A lista em si:

1.Freelancer
2.Makeup Artist/Hair Stylist
3.Librarian
4.Cameraman
5.Stay-at-Home Parent
6.Consultant
7.School Psychologist
8.Journalist
9.Nanny
10.Tattoo Artist

Há que ter em conta que o "estudo" não foi feito em Portugal. Mas não deixa de ser interessante. Já que por cá ainda se vêem os bibliotecários como "ratos" ;)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sem meio termo

I'm a bitch, I'm a lover
I'm a child, I'm a mother
I'm a sinner, I'm a saint
I do not feel ashamed
I'm your hell, I'm your dream
I'm nothing in between

(Meredith Brooks - I'm A Bitch I'm A Lover)

sábado, 18 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Noctívagos

A noite chega, não há sono, há vida a correr dentro de nós, há trocas de horários, porque às vezes temos que viver de dia, mas se pudéssemos escolher... escolheríamos a noite para viver.
Durante o tempo de aulas é quase impossível, e chega a ser mau - no caso de insónias - porque tenho mesmo de me habituar aos horários normais da rotina humana. Ou pelo menos de Portugal, já que no Pólo Norte há noite durante 6 meses (maravilha! Se bem que deve ser esgotante porque depois não há diferença nenhuma entre o dia e a noite).
Se durante as aulas tento viver mais durante o dia do que durante a noite, na época de exames e nas férias vivo mais durante a noite. Um pouco da minha rotina: embora esteja acordada desde as duas da tarde o meu cérebro ganha força quando escurece. De tarde passeio-me pela casa a coçar a cabeça e vou dando uma olhada pela matéria, janto lá para as 22:00 e à meia-noite o estudo começa com força. Até às 6 da manhã tenho uma energia como não há igual e tenho muito mais atenção. O computador fica ligado e quando me lembro de qualquer coisa tenho sempre o blogue à mão (e o google para pesquisar qualquer coisa que não tenha completa). Por volta das 2 da manhã fico com fome e vou comer qualquer coisa e beber uma caneca de leite com chocolate. Volto à carga. Quando vejo amanhecer sinto que cumpri a missão e é nessa altura que me deito. Durmo das 06:00 às 14:00, tomo o pequeno-almoço e volto ao mesmo.
Durante as férias, mesmo férias, não muda muito. Os horários são idênticos, raramente almoço acompanhada ou então levanto-me e almoço logo com a minha família. Salto, portanto, o pequeno-almoço. A noite nas férias é simples: começo e acabo a ver séries e quando dão os Jogos Olímpicos vejo até às 6 ou 7 da manhã e depois deito-me. Se estiver em Coimbra o que mais gosto mesmo é de começar a noite no Japonês que é calminho e agradável, com mais uma ou outra amiga também noctívagas. Depois segue-se o Cartola ou TAGV. São duas ou três da manhã e seguem-se as esplanadas nas "Docas". Mais tarde atravessamos o parque pela beira-rio. Sentamo-nos numa paragem de autocarro qualquer na portagem, falamos, falamos, falamos (nós mulheres não nos calamos mesmo), por volta das 5 vamos comer qualquer coisa a uma tasca onde os taxistas vão, às 6 já se vê alguma vida para além da nossa e da dos bêbedos, às 7 apanho o primeiro autocarro para a zona onde moro, a padaria está a acabar de abrir e vou buscar pãozinho para quando acordar por volta das 14:00 poder tomar um pequeno-almoço fresquinho.
São vidas...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Provérbios aplicados à biblioteca

Livro a livro enche a biblioteca a colecção.

Um livro por dia não sabes o bem que te fazia.

Livro mole em cabeça dura tanto bate até que informa.

Empresta a biblioteca livros a quem não os vai entregar.

Pó e bicho, não queiras vê-los nas estantes.

Cada livro no seu lugar.

Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és.

De livro fechado, não sais beneficiado.

De pequenino se abre o livrinho.

Escuta o utilizador 100 vezes e fala uma só.

Lugar ventoso, lugar sem ser possível folhear.

Mais vale um livro na mão do que dois a voar.

Mais ler, mais aprender.

Não adianta chorar sobre livro degradado.

Não há boa biblioteca sem bom bibliotecário.

No melhor livro cai a nódoa.

Os livros não se medem aos palmos.

Quem não sabe, é como quem não lê.

(Daniela Coutinho)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Se eu fosse famosa isto teria bastante interesse! Essencialmente para as revistas cor-de-rosa :D

É muito provável que ninguém leia isto até ao fim, mas não importa. Apeteceu-me partilhar este questionário ao qual respondi há uns dias!

Sou: um ser
Quero: ter boas notas
Tenho: mais sorte que juízo; azar quando me esforço
Detesto: faltas de respeito
Sinto falta: daquilo que não posso ter
Tenho medo: de perder o controlo das coisas, de ficar com alzheimer e de ficar dependente
Ouço: calúnias
Procuro: sossego
Questiono-me: porque é que tem de ser assim?
Lamento: que haja gente tão podre
Amo: aqueles que me querem bem
Não sou: hipócrita
Danço: quando estou bêbeda
Canto: sozinha ou bêbeda
Choro: raramente; quando alguém dos meus está magoado; quando tenho maus resultados na faculdade
Nem sempre sou: organizada
Escrevo: porque me liberta
Ganho: juízo (quando bato com a cabeça)
Perco: esperança
Confundo: a embalagem do shampoo com a embalagem do condicionador
Preciso: muita calma
Devia: ser mais eficaz
O meu pai acha que sou: sei lá, doida?
A minha mãe acha que sou: de ideias fixas e muito teimosa
3 elogios regulares: honesta, presente e divertida
Fico envergonhada quando: apresento trabalhos
O que me chateia: gente mesquinha
Tenho um blogue: tenho
Gosto de cozinhar: não. arrisco-me seriamente a pegar fogo à cozinha
Um segredo que não partilho com ninguém: (esta não vale!)
Estou apaixonado: não
O relógio está adiantado: está atrasado
Roer as unhas:não
Acredito no amor: relativamente
A pessoa mais estranha que conheço: é tão estranha que não conheço
A pessoa que mais alto fala: a minha irmã
A pessoa mais sexy que conheço: algumas
O meu melhor amigo/a: não tenho um/a
A pessoa que melhor me conhece: várias, entre elas a minha mãe, a Raquel, a Tânia, a Su, a Tita,ah... e as ex (ahahah)
Professor mais seca:dois ou três
A tua frase mais repetida no msn: que moca!
Ultimo pensamento antes de dormir: amanhã...
Melhor qualidade:honestidade
Piada preferida: aquelas que são espontâneas
Tomo banho todos os dias: sim
Sei o que é estar apaixonad@: sei
Quero casar: não
Quero ter filhos: não

Gostavas de/ Tens ...Tatuagens? Onde?: não. Gostava de ter no pulso
Piercings? Onde?: não. não gostava de ter. Já me passou a fase!
Vomito quando ando de carro: não

Hipocondríaca? às vezes
Gosto de trovoada: às vezes mete medo
Signo: virgem
Cor do Cabelo natural: castanho
Cor do cabelo actualmente: castanho
Cor dos olhos: castanhos
Local de Nascimento: Hamburgo

Nas últimas 24h...
Choraste? não
Ajudaste alguém? não
Compraste alguma coisa? sim. Um envelope
Ficaste doente? não
Foste ao cinema? Qual foi o filme? O que achaste? não
Saiste para jantar? não
Disseste "Amo-te"? não
Escreveste uma carta? não
Falaste com um ex? não
Sentiste falta de alguém? nem por isso

Nove coisas que odeias...
1. hipocrisia
2. mesquinhices
3. gente com excesso de lata
4. gente a cheirar a transpiração
5. limpar a casa-de-banho
6. má-educação
7. falta de ética profissional
8. preconceito
9. saber que a pobreza existe

Alguma vez...
Comerias um insecto? sem querer, sim
Farias Bungee Jump? faria, se não tivesse problemas cardíacos
Matarias alguém? não
Saltavas de pára-quedas de um avião? saltava, se não tivesse problemas cardíacos
Tornavas-te vegetariano? não. Gosto de comida vegetariana, mas não dispenso outras coisas
Cantarias karaoke? sim
Pintavas o cabelo de azul? sim
Serias um sobrevivente? acho que tenho sido até hoje
Usarias maquilhagem? uso, mas pouca
Farias alguém chorar? se tivesse de ser. Eu prefiro dizer a verdade por mais que magoe
Baterias num bébé? nunca! Sou doida mas nem tanto!!
Sairias com alguém 10 anos mais velho que tu? sair,sairia. Até com alguém 20 anos mais velho que eu (dependendo das intenções da personagem :D )

The Librarians

Já me questionava há uns tempos: "O raio... rotina de polícias, rotina de médicos, rotina de gays, rotina de mulheres em desespero,passa tudo na televisão! Bibliotecários, nada!" Ainda não chegou cá a Portugal (e duvido que chege algum dia) e nem sabia da existência deste canal, mas só assim por acaso um dia destes estava a pesquisar não sei o quê e apareceu no google uma série chamada "The Librarians" (ABC TV). É uma comédia (só podia... :D) australiana que começou em 31 de Outubro de 2007.
Longe ou perto...com ou sem acesso à série...o que conta é que afinal alguém já se tinha lembrado do que eu me lembrei. Not bad! :D

Pode ser que um dia dê para "lavar as vistas". Quem sabe se um dia destes vou à Austrália e me sento ao lado de um canguru a assistir à série. (Keep dreaming)

Pensamento do dia (II)

Há sempre uma luz ao fundo do túnel, mas temos de ter cuidado para que esta não nos cegue.

(Daniela Coutinho)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Marcha do orgulho LGBT no Porto

Ontem realizou-se mais uma marcha do orgulho LGBT no Porto. Não estive presente (apesar de ter dado a cara na mesma numa campanha para pessoas que não puderam ir fisicamente) mas pelo que tenho lido no fórum da rede ex-aequo já vi que foi animado e que para muitas pessoas foi a primeira vez que foram e que adoraram. Acho óptimo este tipo de visibilidade, se bem que pelo que sei também teve aspectos bastante nefastos. Não podemos dar visibilidade só às coisas boas mas também às piores.
Venho assim demonstrar o meu descontentamento por saber que houve cartazes deste tipo a circular pela marcha: "antes vir-me que reproduzir-me."; "sexo anal é bestial"!. É claro que este tipo de cartazes, sem fundamento, só pioram a imagem que as pessoas têm acerca dos LGBT! Se queremos chegar a algum lado e partir para a igualdade não é desta forma, de certeza, em que só nos ridicularizamos... é como pegar nessas palavras porque já não há mais argumentos. Mas nós temos argumentos por isso é que fiquei parvinha de todo ao saber que isso circulou. Sabem perfeitamente que isso é dar razões para nos discriminarem, tal é a estupidez! E muito juizinho para a próxima...havia criancinhas pelas ruas. Haja respeito.

Em contrapartida houve cartazes como este, que sempre é aceitável: "Eu amo quem quiser, seja homem ou mulher!"

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Walk away



If you have to let it go
And these dreams keep you awake
If you have to let it go
Walk away

(FFAF-Walk away)

Relatividade II

"Se agir como um burro não pode levar a mal se as pessoas o montarem." (provérbio Idish que já referi aqui no blogue).

Fiz uma nova versão:
"Mesmo que não aja como um burro há sempre alguém que quer tanto montá-lo que acabará por conseguir."

Relatividade

A dignidade consegue ter efeitos tão nefastos quanto a maldade. Hoje sei que quem é digno não vai muito longe na vida.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

As coisas que uma pessoa tem de ouvir

Sobre homossexualidade: "Não sabem o que é ter um homem ao lado senão não andavam com uma rapariga"; "se não gostam de homens porque é que usam pénis de plástico na cama?"; "de certeza que nunca experimentaram um destes"; "isso é uma fase" (a minha já tem 8 anos xD viva a persistência da fase!); "têm de se curar"; "anormais de m****".

Sobre Ciência da Informação: "Não sabia que havia um curso para arrumar livros nas prateleiras" (se fosse a brincar até se tolerava...); "Isso deve ser uma seca! Para que é que estás nisso?"; "Letras é tudo canja".

Gostos são gostos, é tudo uma questão de gostos. Mas há coisas que nem vale a pena serem explicadas.

Gosto muito de raparigas e de bibliotecas, e ainda bem que não somos todos iguais.

terça-feira, 7 de julho de 2009

II Feira do Livro LGBT

domingo, 5 de julho de 2009

Centro de documentação no Centro LGBT, em Lisboa

Só hoje soube da existência do Centro LGBT, em Lisboa. Até parece mal pertencer a esta "comunidade" (não gosto muito do termo, mas teve de ser) e estar tão mal informada quanto à existência destes espaços. Qual não é, ainda maior o meu espanto quando também reparo que há um Centro de documentação neste local (para além do café e da mesa de snooker)! Bem, nada melhor que juntar o útil ao agradável.

O fundo documental encontra-se distribuído em 6 arquivos:
-Biblioteca;
-Arquivo de Imprensa;
-Periódicos;
-Arquivo de Imagem;
-Monografias;
-Postais, Folhetos, Brochuras.

Só é possível a consulta presencial, com marcação prévia.

Localização:
Rua de S. Lázaro, 88
1150-333 Lisboa
Metro: Martim Moniz
Tel: 21 887 39 18

Horário
3ª e 5ª feiras - 18-20 h 4ª e 6ª feiras - 14-20 h Sábados - 14-18 h

"Toda a gente" é um conjunto de pessoas

Olhar para os outros como pessoas é uma virtude que não se alcança de um dia para o outro. Já me surpreendi positiva e negativamente. Os relacionamentos interpessoais nem sempre dão certo. Porém, pessoas que eu nunca pensei que me ajudassem, ajudaram. Ajudaram-me a olhar para mim com mais valor, a ir mais longe, a tentar fazer coisas que não pensei conseguir. Se tenho conseguido alguma coisa o "mérito" não é integralmente meu, mas das pessoas que têm acreditado em mim e têm feito com que eu me esforce. Toda a gente precisa de uma "mola".
Para quem não acredita que é possível mudar para melhor, digo-vos que é possível. Mudem alguns aspectos que possam parecer fúteis nas vossas vidas, acreditem em vocês e naqueles que vos rodeiam, que mais tarde ou mais cedo, hão-de conseguir. Pode demorar um ano, pode demorar dois, mas a mudança para melhor surgirá. Aceitem as mãos que se estendem sem desconfiança. Ainda há pessoas boas por este mundo fora.

sábado, 4 de julho de 2009

Provérbio Idish

"Se agir como um burro não pode levar a mal se as pessoas o montarem."

Trocadilho com palavras perigosas :P

Entre “quero” e “não quero” dá-se um abraço e logo a seguir diz-se que é “tudo”, tudo o que se tem. De um momento para o outro quando há um “não” da outra parte fica-se no “nada”. O nada que não é em vão traz novamente um “tudo”, esse “tudo” que se perdeu. Quando “tudo” está mais calmo outra musa aparece, mas logo se diz um “nunca” que se entranha como quem afirma que “nunca mais” vai sentir “nada” assim de novo. No meio desse “nunca” as coisas acontecem e aparece um “afinal” que “afinal” no fim de contas, sempre trouxe um “fim” depois de se dizer um amo-te “para sempre”. Depois de ditos e feitos, qualidades e defeitos, enlaces e desfeitos mais um “nunca”, de nunca mais, que aparece, que traz consigo um “sempre”, um sozinha “para sempre” que não dura muito tempo porque logo de seguida, outra vez, se está a bater com a cabeça na parede. Outra vez o mesmo erro, juntaram-se peças para a “eternidade” sem mentiras nem facadas. O tanas! Este tempo matreiro que insiste em permanecer parado nos momentos mais terríveis, não cura, não ajuda. Mais uma quebra. Entre trocas e baldrocas, entre vira-casacas e a virar muitas casacas alheias que ficam pelo chão, logo um “não” surge de novo como “não dá”. O desgaste é brutal, a intensidade que une, logo separa. Um arrasto, um novo “não” de não apetecer viver de novo. Com um tentar “outra vez” a esperança chega, mas sempre que há esperança é sinal que pode acontecer, e se pode acontecer… lá vem o “quero”, mas “não quero”, não se sabe bem, mas sabe-se que se se soubesse iria saber bem, talvez por um minuto apenas. O abraço, o “tudo”, o “nada”, o “vai ser”, o “não foi” que até faz lembrar o “vai ser bom, não foi?”, o “sempre”, o “nunca”, o “para sempre” ou até mesmo o “até nunca”. Almas “inseparáveis” separadas. Afinal são só palavras, em que se acredita ou não.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Novo Acordo Ortográfico

Finalmente tive coragem de escrever sobre o tema que há tanto tempo me angustia.

Se “pensar” com a alma não concordo nada com o Novo Acordo Ortográfico. Se pensar com o cérebro não discordo tanto e entendo-o. A primeira coisa que se faz quando não se gosta de uma ideia é pô-la de lado como se ela não existisse e não a tentar conhecer. Eu fui à busca de conhecimento e desde ontem que estou mais esclarecida quanto ao Novo Acordo Ortográfico. Não mudei a minha opinião, moldei-a. Mas... há sempre muitos “mas”.

A realidade não vai mudar por minha causa, portanto eu tenho duas hipóteses:
- Discordar até dizer chega e em 2012 escrever com erros
- Discordar na mesma mas saber como tenho de escrever, praticar, adaptar-me, ou seja, dar o salto.

Agora, aspectos que realmente interessam e me intrigam. Ontem, por parte de especialistas na área ouvi dizer que:

- É uma forma de facilitarmos a aprendizagem, ou seja, que é mais fácil uma criança aprender as palavras sem o C antes do T. Não concordo e penso que é um argumento que só serve para “ganhar” adeptos. Quando aprendemos o nosso cérebro está fresco e fixa a maneira como cada palavra é escrita. Não se trata de ser mais uma letra ou menos, não é uma letra a mais ou uma letra a menos que vai influenciar a aprendizagem das palavras. O nosso cérebro faz o esquema mental assim que aprendemos como se escreve, e ao fixarmos em que palavras temos que colocar o C antes do T já não teremos qualquer problema porque já temos aquela “forma” na cabeça. Em caso de dúvida, há dicionários (o próprio Word tem dicionário) que podem e devem ser consultados. E mesmo que fosse mais difícil eu não acho que seja a facilitar que se preparam as pessoas para o futuro. Acho que facilitar só estraga.

- O Novo Acordo Ortográfico apenas afecta a grafia da escrita e não interfere de modo nenhum nem nas diferenças orais, nem nas variações gramaticais ou lexicais. Também não concordo. Toda a gente sabe que a maneira como se escreve, mais tarde ou mais cedo vai influenciar a maneira como é dito. Palavras como “lêem” vão perder o acento circunflexo.

- Palavras como “asteróide”, “heróico” e “espermatozóide” vão deixar de ser acentuadas. Repare-se que formas semelhantes como “comboio” e “dezoito” já não tinham acento. Até tem o seu motivo. Mas não vamos desculpar-nos com isso, porque até podia ser visto de outra maneira, pois já que então “asteróide”, “heróico” e “espermatozóide” têm acento poderíamos colocar acento em “comboio” e “dezoito”. Isto depende muito da maneira como cada um fala. Questionem-se “como é que digo dezoito?” há muita gente que acentua desta forma “dezôito” oralmente. Pessoalmente “asteroide” sem acento dá-me uma certa apetência para lhe dar um toque americanizado “azzzteroide”. Eu acho que a nível de oralidade vai haver uma salganhada brutal, e o analfabetismo vai aumentar.

- “Facto”, ao contrário do que eu pensava, não vai sofrer alterações porque nós pronunciamos o C antes do T portanto ele tem de estar lá. Ao menos, uma coisa boa.

- “Amígdala”, “amnistia”, “aritmética”, “omnívoro”, “subtil” são exemplos de mais palavras que irão manter-se como estão. Porque mais uma vez pronunciamos cada letra de cada palavra.

- Incluir-se-ão três novas letras no alfabeto português. “K”, “W”, “Y”. Nada que já não fizéssemos na prática (falo dos estrangeirismos e não das mensagens de telemóvel), mas agora passa a ser oficial.

- Outra razão é de âmbito lusófono e internacional. Passamos a ter ortografia comum em 8 países, tais como Portugal, Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste. Pessoalmente, com pessoas do Brasil, da Guiné e de Cabo Verde nunca me desentendi. Quando vamos à França ou à Alemanha também nos desenrascamos. A parte boa será um escritor português poder ser mais divulgado por esse mundo fora? Isto pergunto, porque sinceramente não sei mesmo, é uma dúvida que tenho.

Agora eu questiono-me acerca de uma área que me interessa particularmente. Se tudo isto é muito bonito na teoria, também o irá ser na prática? O Estado tem dinheiro para renovar/ actualizar as colecções das demais bibliotecas pelo país inteiro? O que vai acontecer a todo um património documental? Onde vai ser guardado? Vai ser atirado aos rios? O que vai acontecer aos livros que servem para prestar informação actualizada? Como vão as bibliotecas satisfazer a população para quem trabalham? Ou se muda, ou não se muda… mas será mesmo assim na prática?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Casas vazias

Todos os anos mais ou menos por esta altura a história se repete. É como abrir um livro que já lemos... já sabemos o que vem depois desta parte.
Esta casa tem estado pouco movimentada. Há quem volte para casa dos pais porque estuda melhor lá - eu pessoalmente fico cá porque me concentro mais, porque aqui o meu "papel" é o de estudante, lá descontraio-me demais...lá sou filha, sou família.
Por agora ainda é só uma fase em que duas das "almas" que dão vida a esta casa não estão cá. Mas daqui a uns dias uma dessas almas vem, vem buscar as suas coisas e vai ficar um quarto livre. No ano passado fui eu que virei as costas a outra casa e não doeu tanto - mesmo assim eu e uma das "camaradas" chorámos baba e ranho nesse dia. Deixo para já um conselho: nunca arrumem as vossas coisas com alguém de quem gostam a ver. Acho que custa sempre mais para quem vê a porta fechar-se, do que para quem a puxa. Como se não estudássemos na mesma cidade e como se nunca mais nos fossemos ver.
Este caso é diferente. A "camarada" acabou a licenciatura e vai à procura de outra etapa na sua vida. E eu sinto-me tão contente por ela.
A verdade é que as coisas não voltam a ser iguais. Com as mesmas pessoas já não vão haver mais os jantares caseiros, os pequenos-almoços naquelas poucas manhãs em que não se faz nada, aqueles serões na sala a ver televisão em pijama. As coisas mudam, quer queiramos, quer não queiramos.

Esta casa não é minha, mas no que depender de mim estará sempre de portas abertas para te receber. Ai de ti que trabalhes no meu dia de anos!
Foste (e por enquanto ainda és) das melhores colegas de casa que já tive, sabes isso.

Pensamento do dia :P

Eu não confundo as coisas. Amiga hetero para mim é gajo!